A sociedade de consumo, na era da vida midiática, coloca a pessoa humana na condição de personagem de um suposto eu, real, representando uma tragédia contemporânea, ventilando no tempo e no espaço, em órbita, personagem neutralizado por um determinismo da ordem das imagens e da sedução.
Na sociedade do espetáculo, cada minuto da sua atenção vale ouro, mas você não vale nada como indivíduo, apenas como consumidor. Cidadão é apenas um nome elegante para consumidor. E é por essa razão que o “mercado” tenta enquadrar as empresas no modelo “socialmente responsável”. Trata-se de uma manobra do sistema para dizer a si mesmo: “o cidadão é mais relevante que o consumidor, o consumo é uma consequência da vida”. Não. O consumo é criado, inventado nos estúdios e laboratórios. Tribos são criadas em revistas. “Estilos de vida” são definidos por marketeiros e economistas. E as cobaias, somos nós.
ARIEL PÁDUA
Na sociedade do espetáculo, cada minuto da sua atenção vale ouro, mas você não vale nada como indivíduo, apenas como consumidor. Cidadão é apenas um nome elegante para consumidor. E é por essa razão que o “mercado” tenta enquadrar as empresas no modelo “socialmente responsável”. Trata-se de uma manobra do sistema para dizer a si mesmo: “o cidadão é mais relevante que o consumidor, o consumo é uma consequência da vida”. Não. O consumo é criado, inventado nos estúdios e laboratórios. Tribos são criadas em revistas. “Estilos de vida” são definidos por marketeiros e economistas. E as cobaias, somos nós.
ARIEL PÁDUA