sábado, 29 de janeiro de 2011

talvez



às vezes parece que
todos os livros do mundo
não dizem nada
além de sim ou não

alguns detalhes
podem passar
despercebidos e soar
como indiferença

falhas e navalhas
atravessam
corações e até

os ponteiros impacientes
do relógio
precisam das pilhas
e detestam o tempo

ditador das horas
que sempre diz
tarde demais


ariel

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A última estrela


A mulher mais famosa do mundo, acima de todas as atrizes, acima de todas as cantoras, porque é um pouco de tudo, essa é Madonna, considerada por boa parte da crítica como a “rainha do pop”. Madonna é o último ídolo real, que causa histeria real, que é real, rainha, talvez, por isso, irrite boa parte da opinião pública. E ainda temos o agravante do nome, das polêmicas religiosas. Da filha que teve com um personal trainner cubano, da lista de polêmicas maior que sua lista de namorados, da briga com Bush contra a Guerra do Iraque. Madonna é a mais famosa, mas também tem muita rejeição. E é justamente por causa dessa rejeição, que metade da mídia, sempre sem rende à diva do momento, uma "nova Madonna" sem os "problemas" da verdadeira.

No Brasil, nunca tivemos algo parecido e, talvez, nunca teremos. Talvez, em país algum houve uma Madonna, nem mesmo nos Estados Unidos, onde ela nem é tão popular assim, mas conta com prestígio e status de rainha, assim como na Inglaterra. Mas no fundo, Madonna é do mundo. Suas músicas são fáceis e de bom gosto, perfeitas para aulas de inglês e sua carreira ultrapassou 30 anos, sempre em alta. Sem jamais conhecer o fracasso. Sim, ela viveu o sonho americano, mas jamais viveu uma vida americana.

Ariel Pádua