A violência urbana é um resultado, uma consequência. É global e está diretamente ligada à desigualdade social.
Quando uma parte significativa da sociedade é excluída dos bens básicos de consumo, educação e cultura, esta parte precisa lutar para sobreviver ou simplesmente existir como consumidor numa sociedade midiática que apela para a felicidade instantânea.
Esta luta de classes sociais passa a ser travada no nível do crime (organizado ou não) devido à falta de informação e acesso aos meios jurídicos e políticos das camadas menos favorecidas.
Uma espécie de “Estado Paralelo” forma-se e tira proveito desta situação que corrompe as instituições que deveriam proteger toda a população. Enquanto isso, os governos gastam mais com publicidade do que com tecnologia e formação policial.
As instituições “públicas” corrompidas pelo crime e engessadas pela burocracia deixam os cidadãos cada vez mais vulneráveis e amedrontados.
Uma comunidade com medo, tende a se armar cada vez mais e assumir posições políticas cada vez mais reacionárias e Direitistas. O que leva à proliferação das igrejas como grande oportunidade de negócios para bons oradores e último recurso para os seres perdidos, confusos ou simplesmente convictos de bom coração.
O clima de terrorismo real e midiático leva ao endurecimento das leis e a restrição da liberdade individual tão duramente conquistada.
A igreja tenta remediar problemas que são deveres do Estado, ao mesmo tempo em que impõe dogmas e tradições ultrapassadas que prejudicam e confundem as pessoas do século 21. A televisão finge que faz o papel da polícia sem resolver os problemas concretamente, apenas espalhando mais medo, entre um jogo de futebol e um Big Brother.
E nesse universo de crimes e mentiras todos saem perdendo: muitos a própria vida; outros, a dignidade; e todos, a liberdade.
3 comentários:
se lapidar mais, vira diamante! (entendeu....)
se a cada clicar...
uma janela alertar...
sempre será um despertar!!!
orgulhinho!
carinho!
saudadinho!
virou!
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