segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Playmobil


Fume vários cigarros - bem rápido -, é praticamente igual... Funcionam pra mim! Cigarros e Coca Light. Nenhum coelho passou apressado por isso não seguiu ninguém naquela noite branca. Os cigarros, esses sim, funcionaram. Coca Light não quis tentar. Pensou que a Coca Light era só a parte piada. Como azeitonas murchas tiradas da pizza: piadas são dispensáveis. O riso é quase mecânico, uma mistura de preconceito com medo. Não é legal. O sorriso brotado é mais nobre. Brotando como pipocas, os coelhos... Brancos, fofinhos, apressados, medrosos, ariscos, férteis, sexuais - quando escrevo, escolho as palavras pelo som, nunca pelo sentido, não é um truque para ocultar verdades, é que não sou lógico, olho pro relógio, sinto medo, sinto frio, sinto muito -, sinto, não sou e não sei, nada. E o preconceito. Este nunca tem pressa porque tem raízes profundas. A noite branca mostra o amanhã amanhecendo tão claro. Já vai acordando e fazendo café bem preto no piloto automático. Já vai escolhendo a cueca vermelha. Já vai decidindo as eleições presidenciais e o Oscar de melhor maquiagem. Sua cara é de pau e de poucos amigos. Frio como um Playmobil nazista, dá seu último trago, antes de. Nascer de novo?

Ariel

5 comentários:

Loo disse...

mas que história é essa de cigarros?

Ariel Pádua disse...

cigarros, gangorras...

ícones do tédio.

só isso.

em tempos de José Serra não se pode falar em cigarros!

Ivana disse...

Vc sabe que eu nem preciso comentar sobre seus textos. É o velho tédio do qual tantos falamos em outros dias. Dane-se. Mande a Lady gagar!!!

Clara Tadayozzi disse...

Maldita rotina. Máquinas movidas pelo tédio de cada dia.

Mesmice, a mesma de sempre.
"Muito prazer, meu nome é otário."

Bibiana Garrido disse...

curto, direto, impactante, foda. (invejinha, como diz a clara)