e há quem procure um si, um lá, um dó. quando o que precisam, realmente, é de um sol.
que por sol encontrem diversas denominações. mas que deixe de ser tão clichê pra procurar um vão alguém.
que seja a sua própria fonte, que se baste e acima de tudo, que não perca a sua função. teu lar também pode guardar música, perceba.
nicolas dantas
segunda-feira, 26 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
Cabeça de Rádio
Revoltado como quem é acordado de um sonho perfeito, o menino procurou os cacos embaixo da mesa quadrada. Quatro patas, no chão, destreinadas. Revoltado, procurou um refrão que consolasse seu coração ferido. Então abriu o seu livro preferido, em qualquer página. Todas diziam o que ele sabia. E, naquele dia, não queria surpresas. Só queria o familiar. Qualquer coisa parecida com barulho de chuva e colo de mãe. Leu duas ou três frases. Sentiu o mundo um pouco mais doce. Olhou-se no espelho. Cansado, fez o sinal da cruz, para, em seguida, beijar levemente a ponta dos dedos. “Om” – cantou de si pra si. E sentiu paz, sentiu amor e outros sentimentos sem tradução, perfeitos e eternos. Foi assim que, nesse dia, o menino rebelde se refez e, novamente, voltou a sorrir.
Ariel
Ariel
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Bichinho da Maçã
Cada dia que passa, sei menos do mundo e mais de mim. Gafanhotos no jardim, evasivos e frenéticos, como os chineses.
Só posso falar de mim
Nesse pedacinho de mundo.
Então, falo o que quiser.
Se doar sem doer.
Se amar sem querer querendo
Como um romântico de bigode e nome composto,
Refaço-me-acompanho-me-recomponho.
A cada palavra,
A cada gesto,
A cada mordida
Na maçãzinha, ainda verde,
Chamada de amor.
Ariel
Só posso falar de mim
Nesse pedacinho de mundo.
Então, falo o que quiser.
Se doar sem doer.
Se amar sem querer querendo
Como um romântico de bigode e nome composto,
Refaço-me-acompanho-me-recomponho.
A cada palavra,
A cada gesto,
A cada mordida
Na maçãzinha, ainda verde,
Chamada de amor.
Ariel
segunda-feira, 12 de abril de 2010
APARTAMENTOS
Em menos de três meses, Caio mudou de casa, cachorro, crenças, estratégias, no entanto tudo continuava aparentemente igual, externamente, enquanto sua mente rodopiava num mar de ilusões.
“Não há como fugir das possibilidades. Que venham as possibilidades”. O possível é a representação do real. Então, tentou ser possível, viável, passível de erros, porém perfeito em sua busca não linear.
Assim era mais um homem jogado na rua, mais um prato de sopa, enquanto algumas omeletes batiam sem sentido nos apartamentos ao som de uma “nova Madonna”.
E aí, só ouviu os gritos dentro de si, fracos gritos. E sonhou que existia.
Lady Star tocava pra sempre em seus ouvidos radiofônicos, televisivos, disléxicos – e invadia sua cabeça de rádio de trinta anos e pais separados. E sua FM particular se fazia entender a todos os ouvidos que queriam ouvir: golfinhos, carinhos, morcegos, bandidos, macacos e telefonemas.
Voltou pra sua história recortada como contos de Caio. É que no fundo, nenhuma história acaba. Só começa outra etapa. Outro degrau, outra escada. Então, Caio escolheu o caminho alegre. “O caminho alegre, sereno, o caminho do amor, é obviamente, a direção certa.” – pensou.
E lá foi Caio, caindo, voando, atravessando portais para o Nada.
De quando em quando, entredevorava-se em suas contas e conotações sobre o futuro. Depois acordava do simulado sonho. Sabia que, na verdade, só buscava a Paz.
Ariel Pádua
“Não há como fugir das possibilidades. Que venham as possibilidades”. O possível é a representação do real. Então, tentou ser possível, viável, passível de erros, porém perfeito em sua busca não linear.
Assim era mais um homem jogado na rua, mais um prato de sopa, enquanto algumas omeletes batiam sem sentido nos apartamentos ao som de uma “nova Madonna”.
E aí, só ouviu os gritos dentro de si, fracos gritos. E sonhou que existia.
Lady Star tocava pra sempre em seus ouvidos radiofônicos, televisivos, disléxicos – e invadia sua cabeça de rádio de trinta anos e pais separados. E sua FM particular se fazia entender a todos os ouvidos que queriam ouvir: golfinhos, carinhos, morcegos, bandidos, macacos e telefonemas.
Voltou pra sua história recortada como contos de Caio. É que no fundo, nenhuma história acaba. Só começa outra etapa. Outro degrau, outra escada. Então, Caio escolheu o caminho alegre. “O caminho alegre, sereno, o caminho do amor, é obviamente, a direção certa.” – pensou.
E lá foi Caio, caindo, voando, atravessando portais para o Nada.
De quando em quando, entredevorava-se em suas contas e conotações sobre o futuro. Depois acordava do simulado sonho. Sabia que, na verdade, só buscava a Paz.
Ariel Pádua
segunda-feira, 5 de abril de 2010
O Equilíbrio
A agressividade necessária pra viver é natural/mente culpada pelos dez-encontros, pelo sofrimentumano (me foi permitido sonhar, então sonho, me foi permitido permitir, então me permito ser redundante, previsível, pesado, dens... super interessante? sim-sou) e, pela vontade de ir pru céu cedo ou tarde chegar em casa num dia de chuva chorar lágrimas de cafeína, pretazazeitonas, tomar banho quente colo de mãe de leite canela sebo nelas passo por cima de mim pra brilhar!, autoflagelo de luz negativa e machista (saio voando da frase...) é a língua portuguesa sem cerejas. Sem certezas. Me pego despregado neste ponto. Pois, é quando tento ser mais, ou imagino ser menos, do que sou, que, imediatamente deixo de ser Deus.
Ariel Pádua
Não sei se corro junto ao leopardo
Não sei se aceito a dança
Do carrossel
Vanessa Cornélio
Ariel Pádua
Não sei se corro junto ao leopardo
Não sei se aceito a dança
Do carrossel
Vanessa Cornélio
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