quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Céu Laranja


Como carne. Vermelha, branca ou lilás. Qualquer uma!, menos moela: é que odeio miúdos, miudezas, picuinhas. Meu espírito é épico, mas meu corpo é lírico e limitado. Ninguém perguntou nada, mas eu vou falar. Agora todo mundo pode falar um pouco sobre nada. Confesso que abandono livros e pessoas pela metade e jogo fora o miolo do pão – faço uma bolinha e arremesso!, livros e pessoas pela metade. Confesso que procuro uma Nova Metade: maior que a Primeira e menos cítrica – do tamanho do Céu Laranja confortável e casual com cheiro de erva-doce.

Ariel Pádua


"Todo o real é residual, e tudo o que é residual está destinado a repetir-se indefinidamente no fantasmal."
Jean Baudrillard

"Você é a mesma de sempre. Só que desabrochou em rosa vermelho-sangue."
Clarice Lispector


Nenhum comentário: