, curvada, foi tateando até encontrar o enxaguante bucal debaixo da pia – manter o hálito fresco custa –, desgostosa, lembrou do dentista entre o banheiro e o quarto – dois passos – sofistas, surfistas, e, masturbou-se como todos os dias, mas, sem êxito, não gozou – gozado, desatada, desatou a chorar e a rir e a cantar e sem titubear chamou a polícia – único número que sabia –, abriu a geladeira da prima mais rica, da cidade mais feia do mundo, foi nesse dia que passou a gostar de doce de figo, foi assim, pegou a faca mais afiada que tinha e cortou o figo ao meio, minto, foi dois dias depois de dormir para sempre e acordar só em qualquer sofá – finjo tudo – disse clara, curvada – quando suas frases e seus sedativos não faziam mais efeito
ariel
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