Rodrigo Rosa
As flores são das mulheres. Flores espinhosas como Dona Rosa que gosta de sofrer em voz alta. Flores e filhos, só delas. Segundo a Bíblia, a Mulher é a tentação, o pecado, ou seja, o Diabo. Dona Rosa veste Prada, outras nada. Certas Orquídeas compram na Daslu, enquanto as Margaridas vestem Daspu. Todas são atrizes: dramáticas, verborrágicas, intensas, superficiais – dominadoras controladas pela Lua e pelos Hormônios – escravas, negras e brancas, da beleza. Mas podem ser mães e usar uma flor no cabelo. No resto, ainda perdem em Direitos e Dinheiro, mas quanto custa uma flor no cabelo? Deveriam reclamar com o Papa, porém, parecem apreciar esse círculo vicioso – mandam seus filhos mais “sensíveis” para o Seminário, para o Exército ou para o Psiquiatra –, perpetuando o machismo-homossexual-camuflado da sociedade. Nascidos de quadros assim, somos personagens sonhados no sonho de um Deus singular, e contaminados pelo Tédio – constante – aguardamos um remédio que venha da NASA ou de Cuba e troque o Não pelo Sim – dando algum sentido as coisas.
Ariel Pádua
Ariel Pádua
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