o escravo que escreve
sente o mesmo vazio
do nano, do micro e do pequeno
burguês na fila do banco
o escravo que escreve
só coloca mais fogo
na lenha que não apaga
nem com chuva nem fumaça
sou carcaça
sou corpo
sou energia
sou ilusão de ótica
o que sou é tudo
o que sou é nada
o escravo que escreve
erra a senha
só acende a brasa
só gosta das perguntas
o escravo que escreve
mora na filosofia
enxerga o horror
mas acredita no amor
Nenhum comentário:
Postar um comentário