pendurado em minha pessoa
crucificada nas minhas próprias
dívidas e dúvidas traidoras
que nunca me deixam acordar
saio pela noite agridoce
ruas sem saída bem iluminadas
artificialmente a madrugada
promete um dia de sol e liberdade
papa não faça sermão!
mamãe mamãe não chore
a vida é assim mesmo
pés na estrada e navalha na mão
jogos de moralidade?
finjo alegria na carne
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