sexta-feira, 1 de maio de 2009

Underground

Quando percebo que não sou nada, que não sei nada (mas insisto em saber, insisto em saber) e que minha criatividade parte sempre da angústia, mesmo que resulte em comédia, mesmo que resulte num final feliz forçado e a criança que nunca fui se mistura com o adulto que nunca serei, me dou conta de que o tempo é só um conceito fora de contexto e há quem saiba brincar com ele, mas é tudo tão inviável, ilógico, tristemente mágico (truques). A vida é um paradoxo sem nenhum sentido. Só existe o agora. Só existe o Novo novo novo Rock. A nova cena underground de Moscou. O café acabou. Deve ser porque estudei em escola pública. Deve ser porque sou filho de pais separados. Talvez sete anos de terapia resolva, ou sete anos no Tibet, ou contemplar as sete cores do arco-íris num dia de sol e chuva. Talvez seja apenas falta de cafeína. O café move moinhos, montanhas e mundos: é a droga do capitalismo e o capitalismo é o que tem pra hoje, desde que derrubaram o muro que separava as idéias. Outros muros foram construídos depois só para separar pessoas, de outras cores, com outras roupas. Mas são só as roupas. Todas elas pensam da mesma forma e rezam para o mesmo Deus e brigam como irmãos brigam pela mistura e para sentar no banco da frente do Fusca Laranja. Todos querem sentar no banco da frente. Irmãos brigando pelo banco da frente.

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A garotinha mais pop/underground (qual a diferença?) do planeta em mais uma peripécia.

A Bexiga Rosa do João
http://www.youtube.com/watch?gl=BR&v=DmGINOtavrM

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