quarta-feira, 27 de maio de 2009

Simples-cidade

Foram “apenas” quatro meses, mas poderia escrever sobre eles o resto da vida. Se quisesse, mas creio não querer. É que na verdade nunca me senti parte daquilo que chamam de cidade. Não me viciei. Refiro-me à São Paulo, Sampa. Uma cidade que não me deixou saudades: somente materiais para análise e fotografias. Saudade, da cidade em si, definitivamente, não preciso explicar mais nada. A cidade se explica e se complica. Saudades tenho (isto já está virando um fado) das cidades do sul. Simples-cidades. Pequenos oásis de gente bonita, simples e educada. Jardins, corujas, gentilezas, sorrisos, sotaques, beijos, abraços, bom dia, boa tarde, boa noite. Florianópolis, Floripa. A cidade dos jovens, dos “adultecentes-peter-pans”, das bruxas, dos gringos. Ilha dos paulistas e gaúchos. Ilha dos “manézinhos da ilha” que nada tem a ver com os “manés” cariocas. São simples, doces e diretos: se querex, querex, se não querex, dix.

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“Naquelas épocas e naqueles lugares, o que parecia, era, e o que era, parecia”.
José Saramago

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3 comentários:

Alaor Ignácio disse...

Salve, Ariel.
Show de deduções acerca da metrópoles. De fato, grandeza não se põe na mesa.
Demais também foi descolar esse clipe da Bruxa Amarela. Cara, fazia um século que eu não ouvia isso, que se não me engano estava no disco (LP, na época) "Entradas e Bandeiras", da Rita Lee.
Valeu.
Alaor Ignácio

Flavia Zentil disse...

Tenho saudades é da padoca da Vila Boim e de qualquer pizzaria delivery de esquina, porque até essas são deliciosas!

Ariel Pádua disse...

tenho saudade do último andar do Sarajevo hahahah