Ariel Pádua
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Atrizes
Ariel Pádua
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Pedro e o Paraíso
Ariel Pádua
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Piloto Automático
Ariel Pádua
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Teologia
Ariel
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Tinta Fresca
Débora nunca gostou do seu cabelo muito liso, nem do seu nome e tinha espinhas. Nunca sorriu. Só pra tirar fotos, mas não conta. Era feia. Amarga, invejosa e fofoqueira. Todo mundo é meio Débora pra falar a verdade. Todo mundo já foi feio, já foi pobre, ou é, ou será. Será velho, será chato... Débora! Era uma víbora. Criava intrigas na escola e tudo acabava em pancadas na saída. Ela saía sempre ilesa por fora e marcada por dentro. Canceriana, dizia que a loucura é que move o mundo – pra frente ou pra trás –, mas o tédio paralisa, e, o tédio é a infelicidade. Sorria por dentro com suas pequenas maldades diárias e seguia lisa e ilesa. Um belo dia Débora ficou bela. Teve seus 15 minutos. Casou-se com um dentista, e juntos, compraram um apartamento de revista. Foi feliz pra sempre até os 47. Depois do enterro, o dentista desenterrou uma ex-namorada do mesmo nome. Mania, sina, sinal? Pouco importa. O dentista queria tudo novo, assim-bem-clean-sabe, branco como o céu, do jeitinho que ele viu na revista.
Ariel Pádua
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"Há três espécies de déspota. Há o que tiraniza o corpo. Há o que tiraniza a alma. Há o que tiraniza o corpo e a alma. O primeiro chama-se Príncipe. O segundo chama-se Papa. O terceiro chama-se Povo."
Oscar Wilde
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
O Amante da Esquina
O macarrão quase no ponto, ao dente. Laura salivava. O molho vermelho, a carne moída. Nelson, jogado no sofá, divertia-se com as facas Ginsu na TV. Cortava tudo! Mas Nelson não queria cortar nada. Nem cebola pra ajudar no molho da Laura. Estava tudo bom como estava. Homem não chora e não corta cebola. Laura era boa de cama e de fogão e pra ela também estava tudo bom como estava. O amante na esquina; amanhã, dia de faxina. Quando Laurynelson nasceu, os dois ainda viviam essa perfeita harmonia. Laura foi promovida na Herbalife. Nelson ficava careca aos poucos e o bairro completamente de saber de tudo. Um dia Nelson descobriu o amante da esquina. Laurynelson voltava da Microlins quando ouviu a explosão, o grito. Tudo ficou vermelho na sua cabeça. Abriu a porta da sala, aproximou-se da cozinha. A panela de pressão tinha explodido. Laura tomava banho, gritou de susto. Nesse dia, Nelson chegou mais tarde em casa, um discreto sorriso, o amante da esquina era Corinthiano, mas não era fiel.
Ariel Pádua
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terça-feira, 11 de agosto de 2009
Atento e Forte
Ariel
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domingo, 9 de agosto de 2009
Nossas Senhoras
Nosso país é uma terra de cantoras. Uma tradição paradoxalmente machista. Os homens escreviam as letras e as mulheres cantavam. Como musas, sereias, Iemanjás... Acredito que esse processo não foi muito diferente nos outros países.
A partir dos anos 70 a coisa começou a mudar, aqui e lá fora. As cantoras-compositoras puderam se destacar no auge de uma indústria fonográfica faminta e sintonizada com os avanços feministas. Rita Lee foi o símbolo dessa geração.
Na década de 80, Maria Bethânia fez muito barulho e vendeu milhões, sendo o que é, maravilhosa.
Adoro as meninas do ABBA, Mama Cass, Kate Bush, Irene Cara e Gal foi fatal. Sinead é sublime. Donna Summer tem voz de inverno, de açúcar, de anjo...
A Melhor é nossa, Elis, impecável. A Maior, peca, é do mundo, é nossa também: Madonna, a mais famosa e influente cantora que já existiu. Seu maior trunfo é poder ser tudo. Pegou pra si um pedacinho do paraíso, rápida, como um raio de luz.
Madonna: santa, guerreira, mulher-macho-sim-senhor porque ela é americana e não desiste nunca.
A mais brilhante de todas as Marias.
Ariel Pádua
Maria Bethânia é a segunda artista feminina em vendagem de discos na história do Brasil, atrás apenas de Xuxa. Revolucionou a forma de fazer espetáculos no Brasil, intercalando músicas com poemas.
Vale Tudo
Ariel Pádua
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Enlatados
Ariel Pádua
Umbigo
Ariel Pádua