quinta-feira, 9 de julho de 2009

Café com saudade

Eu te devia isso. E, nesta manhã, tomando o bom e velho café, a saudade bateu. E bateu muito forte. Lembrei do nascimento de uma amizade. Poucas amizades nascem, crescem e florescem. Normalmente, as pessoas surgem prontas, embrulhadas para presente. Mas com você foi diferente. Fomos quebrando os espinhos aos poucos. Começou naquela aventura infantil e maravilhosa chamada Floripa. Foi lá que você aprendeu a me respeitar. Rio Preto, apezinho do Higienópolis: a amizade se fortaleceu entre nossos “cafés filosóficos”. Por isso, nesta manhã, a saudade veio muito forte. Finalmente, em São Paulo, veio a Consolação. Eu não sei o que seria de mim, sem você, naquela selva. Não importam os seus motivos, foi tudo muito intenso e caótico pra todos, eu sei, mas era você que estava alí comigo, rindo das minhas palhaçadas, me botando pra cima quando o mundo inteiro dizia que eu não era nada. Era você que estava ali comigo, e é só isso que importa. Por que as verdadeiras amizades não surgem do nada, embrulhadas para presente. As pessoas são rosas. Tem que saber onde tocar, como segurar. Se não, é sangue e saudade.


Dedicado à Mariana Menezes.


Ariel Pádua

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3 comentários:

Projeto Geografia UEMG EEMJO disse...

muito obrigada! por tudo que me permitiu e me libertou...

Clara Tadayozzi disse...

"com açúcar, com afeto."

Edu disse...

Fantasticamente tocante!!!!